domingo, 2 de setembro de 2007

O vazio

Caminho sob a noite escura
Com o mundo atrelado em minhas costas
Não sei se a escuridão é que penetra em meu coração...
Ou se meu coração é que emana a escuridão...
Nesta noite escura, sem estrelas.
Compartilho com a escurão
O vazio do meu coração

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Manual de Sobrevivência em São Paulo.




Manual de Sobrevivência em São Paulo.



Para você que mora ou pretende morar em uma das maiores cidades do Brasil, aí vão algumas dicas para enfrentar a "selva de pedra".
*HobbyArrume um hobby. Não falo de um hobby qualquer que você realiza nos fins de semana ou quando possui um tempo livre. Falo de um hobby que você usará para outro tipo de tempo livre: o tempo que você ficará preso no trânsito.Sabe aquele romance que você estava querendo a muito ler, pois compre, porque você terá tempo de sobra no trânsito. Se você é igual a mim, que enjôa fácil ou é um dos afortunados que possuem um carro a melhor opção é a música.Coloque um rádio no seu carro, não um rádio muito caro, pois você pode perder o rádio e o carro. Se quiser pode valer da solução de nós simples mortais: ir à 25 de Março e comprar um mp3 player.A música você que escolhe: desde rock pauleira, sertanejo dor de corno ou até mantras para se acalmar quando estiver muito, mais muito atrasado.Só não vale tentar os asanas da yoga, nem no carro, porque causa acidentes e mais lentidão; nem no ônibus, pois seu companheiro de ônibus lotado pode não gostar de ter seu braço debaixo da boca dele.Existem hobbys mais aperfeiçoados, como o crochê. Você pode fazer um cachecol em apenas um dia de trânsito.Outros como a manicure, são para aqueles que possuem um equilíbrio enorme. Se você é uma delas, pode fazer um acordo com o motorista de ônibus e o cobrador e ser manicure de ônibus.Clientes você terá e ainda tirará um extra para passagem.

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Solidão...

Gostaria muito de entender como algumas coisas do meu cérebro funcionam, uma delas é o chamado dispositivo do desespero.
Este dispositivo se ativa quando encontro me comigo mesma, ou seja, quando me sinto só. Há momentos em que não há ninguém comigo, mas isso não me aflinge.
Porém há momentos em que uma agústia desesperadora entra em cena, a sensação de solidão parece preencher cada buraco do meu ser. É nestas horas que outros sentimentos também vêem a tona, porque as pessoas que eu amo não me dão atenção quando eu preciso? Porque não percebem que apenas uma ligação, uma notícia ou coisa parecida vai amenizar o que tanto me inferniza. Cada um está ocupado levando a sua própria vida. Porque têm horas que pareço não conseguir carregar a minha?
É o verdadeiro labirinto mental no qual me perco, dentro dos meus próprios pensamentos.

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Confissões

Fui covarde. Falhei.
Decepcionei a todos e principalmente, decepcionei a mim mesmo.
Acreditava que todos possuiam um dom que Deus nos deu e que deveríamos procurar este dom e procurar ajudar o mundo com ele. Adorava a fábula dos talentos.
Fui covarde, ao invés de aplicar os talentos e multiplicá-los para o mundo, acabei interrando-os e perdendo o lugar onde os enterrei.
Fui covarde, pois não tive coragem para enfrentar o mundo, nem para me despedir dele.
Decepcionei a mim mesmo, agora só sinto um vazio e um desespero enorme, decepcionei quem a vida inteira confiou em mim, me deu carinho e apoio, decepcionei meus amigos e decepcionei a pessoa que sempre esteve nos meus sonhos e que agora achei.
Achei, mas não é como nos sonhos, pois a pessoa com quem sonhei estava comigo, mas comigo de antes, não comigo de agora. Se ela soubesse o quanto quero fazê-la feliz.
Devo muitas desculpas, desculpas a Deus, desculpas à minha familia, desculpas à meus amigos, desculpas ao meu amor e principalmente, desculpas a mim mesmo.
Desculpas a aquela pessoa que fui.

terça-feira, 17 de julho de 2007

Nowhere man - Beatles




Tradução:


Homem de lugar nenhum

Ele é um autêntico Homem de Lugar Nenhum

Sentado em sua terra de lugar nenhum

Fazendo todos os seus planos inexistentes para ninguém

Não tem uma opinião,

Não sabe para onde está indo

Ele não é um pouco parecido com você e eu?


Homem de Lugar Nenhum, por favor escute

Você não sabe o que está perdendo Homem de Lugar Nenhum

O mundo está sob o teu comando

Ele é tão cego quanto deseja ser

Só vê o que quer vê

Homem de Lugar Nenhum consegues ver-me?

Homem de Lugar Nenhum, não te preocupes

Pegue teu tempo, não tenhas pressa

Deixa tudo até que alguém Te dê uma ajuda

Não tem opiniões

Não sabe para onde está indo

Ele não é um pouco parecido com você e eu?

Homem de Lugar Nenhum, por favor escute

Você não sabe o que está perdendo

Homem de Lugar Nenhum, o mundo está sob o teu comando

Ele é um autêntico Homem de Lugar Nenhum

Sentado em sua terra de lugar nenhum

Fazendo todos os seus planos inexistentes

Para ninguém

Fazendo todos os seus planos inexistentes

Para ninguém

Fazendo todos os seus planos inexistentes

Para ninguém

quarta-feira, 13 de junho de 2007

Dispersos



"O verdadeiro lar é onde estão nossos sapatos."


" Primeiro dia dos namorados acompanhada, não acompanha por qualquer um, mas sim acompanhada por alguém extremamente especial, alguém que dese que começamos a namorar me descortina a cada dia um mundo novo. Eis um pouquinho do que descobri;

Adorinam Barbosa, sambista que cantou São Paulo. Uma música que gostei muito e que não conhecia é Bom dia tristeza, letra de Vinícius de Moraes".


Bom dia, tristeza

Que tarde, tristeza

Você veio hoje me ver

Já estava ficando

Até meio triste

De estar tanto tempo

Longe de você

sexta-feira, 25 de maio de 2007

Lo strano fiore



In un tempo lontano, in una bella distesa di grano, nacque un nuovo fiore. Era diverso da tutti gli altri, e le spighe, con il loro dolce ondeggiare cullate dal vento lo guardavano con diffidenza "un estraneo tra noi" dicevano "che sciagura, rovinerà lo splendido panorama che solo noi riusciamo a creare!", a volte lo prendevano in giro, la spiga Gina diceva: "Ma guardati sei proprio strano, sei troppo giallo, sarai malato?".
E il fiore dal lungo stelo, si sentiva sempre più solo, sempre più triste, e mentre cresceva la sua testa si chinava in basso, per la vergogna di essere diverso.
Le spighe, vedendo che il nuovo arrivato non si difendeva neanche, presero ancora a elogiare le loro qualità una volta raccolte, facendo sentire il nostro fiore ancora più inutile.
Dicevano in coro: "con il nostri frutti si fa la farina, con la farina si fanno i biscotti le torte e pure la pastasciutta di cui ogni creatura ne va ghiotta!” e la spighe gemelline gli dicevano: “e tu, dicci un po’, a cosa servi? Secondo noi proprio a niente!”
E lo strano fiore si chinava sempre più a guardar la terra! Ma un giorno passò di lì una donna con il suo bambino, e le spighe eccitate dai complimenti che sapevano avrebbero ricevuto, si sussurrarono l’un l’altra a bassa voce: “coprite il buffo fiore, di modo che non lo possano vedere!”. Ma il bambino curioso notò lo strano fiore tra le spighe di grano, fece avvicinare la sua mamma, e le chiese: “Mamma cos’è questa pianta, a che serve, perché è così china?”.
La donna riuscì a vedere attraverso la sua solitudine e si commosse, versò una lacrima che finì proprio al centro del cuore del giovane fiore, che sentì per la prima volta un’emozione d’amore. “E’ un girasole, il più bel fiore”, disse la mamma, “è nato per caso tra le spighe di grano e non sentendosi accettato ha chinato il capo, forse non sa che i suoi tanti fratelli sono talmente belli e talmente fieri da avere il capo eretto per guardare in faccia il sole.
E poi, piccolo mio, immagina che questa distesa di grano sia un bel piatto di pastasciutta condita da un filo d’olio, il frutto del suo girasole”
Da allora il girasole alzò il capo per guardare il sole da mattina fino a sera, ma senza rancore per le sorelle spighe, che chiesero perdono per il male causato ma soprattutto capirono che un fiore non è peggiore solo perché diverso, che ogni creatura porta dentro di sé la propria bellezza e lo scopo della propria esistenza, e che invece di canzonarlo per tanto tempo avrebbero semplicemente potuto aiutarlo.

quinta-feira, 24 de maio de 2007

Saudades do meu luar


Poeminha fraco, mas acho que o que vale é a intenção...


Aí que saudades do meu luar!!!
Saudades do meu luar queijo prato,
Do meu luar queijo de minas.
Do meu luar cheedar que aparece ao cair da tarde
E brinca de colorir todo o meu céu.

Daquele que mesmo quando não vejo,
Sei que está lá.
E fico imaginando como estaria.

Agora meu luar se escondeu,
Nem as estrelas sabem onde ele está.
Sei que irá voltar logo, mas....
Aí que saudades do meu luar!!!!

quarta-feira, 23 de maio de 2007

A chuva


Tarde de chuva, fraqueza no corpo e nas idéias....Vai um poema bonitinho


Chuva


A chuva fina molha a paisagem lá fora.
O dia está cinzento e longo... Um longo dia!
Tem-se a vaga impressão de que o dia demora...
E a chuva fina continua, fina e fria,
Continua a cair pela tarde, lá fora.


Da saleta fechada em que estamos os dois,
Vê-se, pela vidraça, a paisagem cinzenta:
A chuva fina continua, fina e lenta...
E nós dois em silêncio, um silêncio que aumenta
se um de nós vai falar e recua depois.


Dentro de nós existe uma tarde mais fria...


Ah! Para que falar? Como é suave, branda,
O tormento de adivinhar — quem o faria? —
As palavras que estão dentro de nós chorando...


Somos como os rosais que, sob a chuva fria,
Estão lá fora no jardim se desfolhando.


Chove dentro de nós... Chove melancolia...

(Ribeiro Couto)

terça-feira, 1 de maio de 2007

Em homenagem ao primeiro de maio!!!!


Contra o relógio
Por Luís Adonis Valente Correia (extraído da revista Língua Portuguesa)




Há um problema de comunicação externa que é comum a todas as empresas.Com jornadas de trabalho cada vez maiores, as pessoas perdem contato com o mundo exterior, aquela área diversificada e vital que fica logo ali, depois que se retira o crachá.
Absorvidos por assuntos relacionados exclusivamente ao trabalho, redefinimos nossos contatos e interesses, sem conceber espaço para pessoas de outros ambientes. Muitas vezes, nem para família.
-Alô, meu filho, há quanto tempo. Não fala mais com a sua mãe? Você tem se alimentado? Tem dormido...
-Mãe, pode pular o questionário padrão? Tenho novidades mas não tenho tempo.
- O que houve?
-Fui promovido! Houve uma reestruturação e...er...peraí um minuto.
Mais de um minuto depois...
-Oi, voltei. Bom mexeram na empresa e agora eu...er...peraí, so um minutinho.
Mais de um minutinho depois...
-Mãe? Ta aí ainda? Bom sou o novo diretor e...peraí de novo. Ta difícil. Só mais um minutinho.
Só mãe esperaria.
-Mãe, desculpe.
-Meu filho, que correria! Esse cargo de diretor é muito puxado.
-O problema é que com a reestruturação que fizeram, eu acumulo os cargos de motorista, recepcionista e segurança. Ah, e também o de diretor, claro.
-Filho, confio em você dirigindo a empresa mas não dirigindo carro. Não corra. Lembre do seu tio...
-Pô mãe!Isola. Bate na madeira.
- Não me fale em bater. E não fique falando “pô!” que eu não gosto. Que coisa feia.
- Mãe, a sua neta fala “caraca” e você reclamada de mim falando “pô”?!
- Não gostei de você como motorista de empresa. Será que você não pode guiar só os negócios?
- Não, não dá.
-Se você bater o carro, vai perder o cargo de diretor?
-Mãe, você atropelou a minha paciência.
- E como recepcionista? Vai usar uniforme?
- Não, não vou precisar.
- Acho que deveria. Fica mais arrumadinho. E o trabalho de segurança? Também não gostei. É perigoso esse negócio de guarda-costa. Vi um filme com o Kevin Costner e...
- Mãe, é segurança no trabalho.
-Desarme-se, meu filho. É muita promoção para uma pessoa só.
-Os tempos são outros.
- Já ouvia isso do seu avô. O que eu conto para as minhas amigas? A final, você é diretor ou motorista?
- Sou multitarefa. Polivalente.
- Elas vão achar que isso é economia informal!