
Gostaria muito que os políticos, ao invés de tramitarem o aumento de seus salários, adotassem duas medidas interessantes: o relógio ponto e o transporte público.
Afinal são eles que representam o povo. Por que não viver como o povo, nem que seja temporariamente?
Imagino o Kassab ou o Serra acordando às cinco horas da manhã e tendo que pegar três conduções lotadas (muitas vezes, MUITO lotadas, outras quebradas e a maioria atrasadas) para chegar ao serviço. E ainda preocupados com a possibilidade de não chegarem a tempo para bater o relógio ponto.
Ou no final do dia, depois de um dia de muito trabalho, terem que pegar suas três conduções em horário de pico ou em dia de chuva.
Outra cena interessante seriam nossos deputados e senadores invadindo a pista de um aeroporto em protesto contra o atraso dos aviões, pois eles tem horário para chegar e um relógio de ponto para bater, senão, ficarão sem seu rico salarinho.
Acho que estas medidas seriam interessantes, nem que sejam em sonho, para tentar diminuir o descaso público com o caos na aviação ou no transporte público.
Nossos nobres representantes de Brasília não usariam o problema da aviação para ficarem diversas sessões sem comparecerem, visto que pagamos seu salário e que todo trabalhador, seja ele do serviço público ou privado tem que passar por este desgaste todo.
Ou então fiscalizariam com mais vigor as obras do metrô, pelo fato que isso iria ajudar muita gente chegar em casa mais rápido.
Cobrariam das empresas de ônibus, que recolhem uma taxa bem significativa, mais qualidade nos seus serviços, não a reposta que todos obtém quando ligam para o 156 perguntando sobre os ônibus: " Quarenta e cinco minutos é um tempo razoável para se esperar."
Ilusão, doce ilusão...